As 10 melhores ações e ETFs de armamento europeu: as últimas avaliações que você precisa conhecer

Nicholas Spencer10/04/25 (atualização 27 min atrás)europa, defesa, armamento, etf

As 10 melhores ações e ETFs de armamento europeu: as últimas avaliações que você precisa conhecer
As 10 melhores ações e ETFs de armamento europeu: as últimas avaliações que você precisa conhecer

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Embora o setor de defesa europeu já estivesse em plena transformação há alguns anos, os últimos meses reforçaram a idéia de que ele poderia iniciar um ciclo que aumenta de forma durável. Os orçamentos alocados pelos governos estão aumentando significativamente, e a incerteza em torno do compromisso americano dentro da OTAN (NATO) impulsiona os estados a buscar autonomia militar. Enfim, a inovação tecnológica transforma a própria natureza da "defesa".

« A Europa deve investir mais em sua segurança, e fazer em união, para uma defesa européia mais forte. »

Nesse contexto, muitos investidores se perguntam: Ainda é tempo de comprar essas ações que já tiveram uma forte alta, ou as melhores oportunidades já ficaram para trás?

As últimas análises de várias consultorias especializadas, destacam a existência de ativos estratégicos, que ainda podem ter potencial, ao mesmo tempo em que lembram a parcela de incerteza ligada às carteiras de pedidos futuras.

Um mercado em expansão, mas ainda incerto

O Rafale da Dassault Aviation
O Rafale da Dassault Aviation

As despesas de defesa em um forte aumento

Fala-se agora de orçamentos que podem chegar a 3% ou 3,5% do PIB em alguns países da Europa, no horizonte de 2030 ou 2032. Esses números, se concretizados, representam um salto gigantesco em relação aos níveis de apenas cinco anos atrás. Mas, além dos anúncios, a distribuição exata dessas verbas ainda precisa ser confirmada. E as perguntas são: Quais programas serão prioritários? Quais empresas serão selecionadas? Sabemos que aprovação de contratos militares geralmente segue um processo político e administrativo complexo.

Novos pedidos (finalmente) assinados

Vários grandes nomes, tanto civis quanto militares, já anunciaram carteiras de pedidos recordes, como no caso das empresas: Rolls-Royce (motores para bombardeiros estratégicos, pactos internacionais) ou a alemã Rheinmetall (veículos blindados, munições). Os especialistas ressaltam que no entanto, cada contrato não se traduz imediatamente em receita, e que pode haver um lapso de tempo entre o anúncio e o impacto real no desempenho financeiro.

A incerteza do mercado

Essa forte dinâmica permanece, portanto, acompanhada de uma dose de incerteza: se a euforia diminuir (mudança política, desaceleração econômica, etc.), certas ações podem sofrer correções abruptas. A possível chegada de novos concorrentes e as escolhas orçamentárias (preferência por suprimentos "made in Europe" ou, ao contrário, licitações internacionais) são outros fatores a serem monitorados de perto.

Uma das dinâmicas que alguns líderes europeus pedem para ser reforçada é:

« A Europa tem a força econômica, o poder e o talento para estar à altura desta época e para se comparar aos Estados Unidos da América, sem falar da Rússia. Temos os meios. Devemos, portanto, agir unidos como europeus e determinados a nos proteger. »

As 10 melhores ações e ETFs de armamento europeu

#1 - Rheinmetall (Alemanha)

  • Por que acreditar? Especializada em blindados e artilharia, a Rheinmetall se beneficia do aumento dos pedidos de equipamentos terrestres. Sua capacidade de responder rapidamente à demanda européia lhe rendeu uma reavaliação positiva por parte de vários observadores do mercado.
  • ⚠️ Cautela: Grande parte da alta já está "precificada". Potenciais atrasos na entrega ou um arrefecimento dos orçamentos alemães poderiam provocar uma correção brutal.

#2 - Rolls-Royce (Reino Unido)

  • Por que acreditar? Famosa por seus motores de avião, a empresa também se beneficia de grandes contratos de defesa (pacto submarino internacional, motores para certas aeronaves militares). Algumas consultorias estimam que seus resultados pós-crise confirmam a recuperação da empresa.
  • ⚠️ Cautela: A cotação já se recuperou bastante. Será preciso verificar se a dinâmica de pedidos militares permanecerá tão forte a longo prazo.

#3 - Thales (França)

  • Por que acreditar? Eletrônica de defesa, cibersegurança, radares e aviônicos: a Thales cobre um amplo espectro de necessidades militares. Analistas mencionam um potencial ainda sólido, graças às perspectivas de contratos em sistemas críticos (radares, mísseis guiados, etc.).
  • ⚠️ Cautela: A Thales depende fortemente das decisões orçamentárias francesas e européias. Qualquer adiamento de grandes projetos poderia pesar sobre sua cotação.

#4 - BAE Systems (Reino Unido)

  • Por que acreditar? Líder nos setores aéreo, naval e de cibersegurança, a BAE se beneficia de pedidos internacionais (Austrália, Oriente Médio, etc.) e de uma diversificação por segmentos.
  • ⚠️ Cautela: A ação já teve um bom desempenho. Alguns especialistas consideram sua avaliação próxima do equilíbrio, o que limita o potencial de alta a curto prazo.

#5 - Leonardo (Itália)

  • Por que acreditar? Atuando em helicópteros, aviônicos e diversos sistemas eletrônicos, a Leonardo está no centro de vários programas europeus. Sua expertise lhe confere resiliência diante dos ciclos políticos.
  • ⚠️ Cautela: Após um forte rali, a ação parece chegar a um nível considerado justo por muitos analistas. Os novos contratos determinarão em grande parte o futuro.

#6 - Saab (Suécia)

  • Por que acreditar? Fabricante do Gripen, mas também de submarinos e sistemas navais. O aumento das despesas de defesa nos países nórdicos pode favorecer a Saab, que continua sendo um ator regional essencial.
  • ⚠️ Cautela: A ação já subiu bastante. A monitorar: a concorrência no domínio aeronáutico e naval, especialmente no segmento de aviões de combate.

#7 - Safran (França)

  • Por que acreditar? Meio civil (motores de avião via CFM), meio militar (aviônicos e drones), a Safran se beneficia da recuperação pós-Covid na aviação civil, bem como dos orçamentos de defesa europeus.
  • ⚠️ Cautela: Os ciclos aeronáuticos e militares nem sempre estão sincronizados. Uma queda no tráfego aéreo poderia frear seus lucros, mesmo que a parte de defesa compense parcialmente.

#8 - Kongsberg Gruppen (Noruega)

  • Por que acreditar? Especializada em sistemas marítimos, mísseis e robótica submarina. Enquanto muitas marinhas européias modernizam suas frotas, a Kongsberg pode se destacar.
  • ⚠️ Cautela: Menos divulgada, a ação pode estar sujeita a uma volatilidade maior, como por vezes, menor volume de negociação.

#9 - ETFs focados em defesa européia (ex: EUAD, WDEF...)

  • Por que acreditar? Oferecem uma exposição diversificada ao setor sem a necessidade de selecionar uma ou duas ações específicas. Ideal para reduzir o risco "específico" de uma empresa.
  • ⚠️ Cautela: Alguns ETFs são recentes, com taxas de administração mais elevadas. Verifique sempre a composição exata, pois alguns também incluem empresas não européias.

#10 - Bônus: Dassault Aviation e MBDA (via Airbus, BAE ou Leonardo)

  • Por que acreditar? A Dassault se beneficia da exportação do Rafale e de possíveis colaborações para novos aviões de combate (SCAF). A MBDA, especialista em mísseis, é detida por vários gigantes europeus e poderia assim, beneficiar os acionistas das empresas controladoras (Airbus, BAE, Leonardo).
  • ⚠️ Cautela: A Dassault Aviation continua dependente de contratos de Estado para Estado, que são muito variáveis; a MBDA não está diretamente listada em bolsa, sendo necessário passar pelos grupos que a detêm para se beneficiar.

Conclusão: um entusiasmo a ser canalizado

Os recentes movimentos de mercado provam o quanto a defesa européia se tornou um tema importante para os investidores. Os receios sobre a confiabilidade do compromisso americano na OTAN (NATO), combinados com as tensões geopolíticas, colocam a UE na obrigação de reforçar suas capacidades militares. Essa conjuntura beneficia obviamente as empresas do setor: Rheinmetall, Rolls-Royce ou Thales mostram que, apesar das fortes altas já registradas, ainda há espaço para crescimento se as promessas orçamentárias se concretizarem na casa das centenas de bilhões de euros.

No entanto, um certo realismo se impõe:

  • A parcela de incerteza permanece elevada: Os contratos ainda precisam ser assinados, os orçamentos votados, e a participação exata de cada player ainda está por determinar.
  • Atenção às "super-reações": Conflitos, anúncios políticos e rupturas diplomáticas podem inflar as avaliações, às vezes além do razoável.
  • A diversificação continua sendo o alvo: Combinar uma cesta de ações promissoras (mas potencialmente voláteis) com ETFs setoriais ajuda a limitar o risco específico de uma empresa.

Em resumo, o entusiasmo atual em torno da defesa européia baseia-se em fundamentos sólidos: rearmamento, soberania tecnológica, crescimento dos pedidos militares. As perspectivas se estendem por vários anos, talvez uma década, de modo que o trem pode não ter partido ainda. Mas embarcar agora exige sangue frio e seletividade, para não pagar caro demais por um entusiasmo às vezes alimentado pelo fluxo de notícias geopolíticas. Como sempre na Bolsa de Valores, discernir entre o potencial real e o simples modismo, continua sendo o segredo para um investimento bem-sucedido.

Última atualização em 13/04/25

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