Investir ou especular: Quais estratégias adotar para aumentar o seu capital?

Admin24/11/20 (atualização 3 anos, 11 meses atrás)investir, especular, trading, investir na bolsa, mercado financeiro

Investir ou especular: Quais estratégias adotar para aumentar o seu capital?
Investir ou especular: Quais estratégias adotar para aumentar o seu capital?

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Existem duas grandes possibilidades quando se quer aumentar o capital com mercados financeiros: especulação e investimento. Estes dois caminhos não são necessariamente opostos. Eles tem certos pontos em comum, apesar de serem bem diferentes. O que chamamos de “Trading” entra na categoria da especulação.

Apesar das suas diferenças, estas duas atividades compartilham um mesmo objetivo bem concreto: lucrar e aumentar o seu capital inicial.

Finalidades divergentes

A especulação e o investimento tem finalidades distintas. O Trading busca o famoso “Profit and Loss” ou “P&L”, ou seja, um resultado puramente financeiro. É a razão da existência do trader. O único objetivo da especulação é lucrar e aumentar o capital inicial. É claro que outros elementos entram em jogo, como o risco e a análise de outros fatores (índices de Sharpe ou Sortino, por exemplo): conjunto que ajudará a afinar as performances de trading. De toda forma, pouco importa os produtos e as estratégias utilizadas, o que conta mesmo é o P&L.

No que diz respeito ao investimento na bolsa, o resultado e a performance importam bastante, afinal esta é uma atividade financeira “matemática”. Entretanto, a sua finalidade não se baseia apenas no resultado concreto. Na maior parte das vezes, um investidor compra mercados ou empresas por convicção. Em outras palavras, ele se interessa pelos produtos investidos. Os fundamentos da empresa, o setor em que ela esta inserida, a sua gestão, a evolução das tendências mundiais... são fatores nos quais o investidor deve acreditar.

O exemplo mais flagrante do momento é o francês ISR (Investimento Socialmente Responsável). Compreensivelmente, ainda não existe um TRS para Trading Socialmente Responsável! Diferentemente do investimento, pouco importa o contexto no trading; o importante é o lucro.

Um trader pode muito bem jogar com as flutuações na bolsa de um fabricante de cigarros. Ele pode fazer isso sem peso na consciência e poderá dormir tranquilo à noite (ao menos se ele apostar tudo o que tiver!) Apenas o rendimento potencial o interessa. Por conta disso, ele poderá comprar ou vender ações como ele bem entender e em função das suas estratégias. Por outro lado, o investidor “responsável” nunca comprará ações deste tipo de empresas já que o tabaco faz mal para a saúde, por exemplo.

A maior flexibilidade do Trading

Este é o segundo ponto de divergências entre o investimento e a especulação.

O trading é geralmente mais flexível e aberto a mais mercados e a mais instrumentos financeiros: futuros, opções, CFDs… A alavancagem também é utilizada com mais frequência do que no investimento, assim como as vendas à crédito. Ou seja, o campo de possibilidades é maior. É ai que mora o risco! O fato é que o trading é mais complicado e demanda mais conhecimento e experiência em vista de em boas performances. Consequentemente, a especulação é bem mais arriscada. Mais riscos implicam, eventualmente, um rendimento maior assim como perdas mais importantes, se elas ocorrerem. Claro que tudo isso depende das estratégias adotadas, da experiência e da gestão de riscos. A especulação pode ser “segura” a partir do momento em que se sabe o que se esta fazendo.

O tempo: a chave do sucesso

O tempo é outro elemento que separa a especulação do investimento. Por mais que o fator “tempo” seja importante nos dois casos, o trading se faz geralmente à curto termo (em alguns segundos até algumas semanas) enquanto o investimento se faz à longo termo (entre alguns meses até vários anos). Claro que, em ambos os lados, existem vários casos diferentes, mas esta constatação é uma média geral.

Esta temporalidade diferente tem por consequência direta uma quantia de transações muito mais elevada na especulação. Um investidor não faz idas e vindas incessantes no mercado. Já o trader pode comprar e vender várias vezes em um único dia.

Outro efeito imediato ligado a quantidade de operações é o custo. Quanto maior o número de trades, mais caro o preço da corretagem e menor será a margem de lucro global. Este é um aspecto a não negligenciar quando se é muito ativo nos mercados.

Qual atividade para as melhores performances?

Os fatores que afetam a especulação e o investimento são tão numerosos que fica difícil fazer um estudo realmente sério sobre o assunto. Nos dois casos podemos encontrar personalidades com performances excelentes assim como executantes péssimos cujos resultados são desastrosos.

Entretanto, nos podemos constatar os seguintes pontos:

- Varias pesquisas sérias mostram que o trading é mais arriscado para particulares e que pode provocar a perda do capital investido em muito pouco tempo. Já o contrario, nenhum artigo ou pesquisa cientifica pode provar...

- Se pegarmos o exemplo de alguns milionários ou mesmo multimilionários, veremos que se trata normalmente de grandes investidores. Um bom exemplo é o Warren Buffett. E isso confirma o primeiro ponto: para um particular, é menos arriscado investir à longo termo do que apostar no trading ativo. Atenção, isso não quer dizer que fazer investimentos é “fácil” e nem necessariamente lucrativo...

- Um trading bem dominado se torna, certamente, uma atividade mais lucrativa do que o investimento. E isso por duas razões: as performances de trading podem ser muito superiores e elas levam muito menos tempo para acontecer e se transformar em dinheiro. O que é lógico: um risco elevado implica rendimentos elevados. O trading é como uma faca afiada: corta bem e corta rápido se sabemos utiliza corretamente. Já o investimento é a faca com menos corte mas que, se nos cortarmos, o machucado não será tão grave...

Resumindo, se o seu único objetivo é aumentar o seu capital sem esperar 30 anos, o trading é mais apropriado, mas o risco será maior. Ou seja, não existe milagre: tudo gira em torno do balanço clássico entre rendimento e risco. A principal pergunta a se fazer é a seguinte: quero que meu capital cresça em quanto tempo? Alguns meses? Em 3 anos? Em 15 anos?

Última atualização em 24/11/20

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