A queda no preço do barril de petróleo parece quase uma farsa à medida que atingem níveis recordes. Dentro do contexto de testes nucleares da Coréia do Norte e a desaceleração do crescimento chinês, nós nos perguntamos: Será que esta situação atual não esta anunciando uma crise financeira internacional iminente?
O retorno do Irã agrava a situação atual
Os especialistas estão pessimistas com a situação atual, que continuam mês após mês, e vem se fortalecendo nos últimos meses, e o pior é que não oferecem nada para contradizer essas previsões negativas. Economistas alertam que o preço do barril de petróleo não vai subir novamente antes de 2020, o que nos dá quatro anos para se familiarizar com um possível desastre. Pior ainda, o Goldman Sachs prevê uma queda adicional de $ 20 dólares, se os níveis de reserva forem cumpridas ... e agora que o Irã não está bloqueado por sanções internacionais, em breve poderemos ver um grande excedente de petróleo.
Na verdade o retorno do Irã para o mercado do petróleo é verdadeiramente perigoso. A pesquisa mostra que a produção de petróleo poderia crescer em 200 mil barris por dia, com uma média anual de 300 mil barris. Acredita-se que o governo iraniano tenha decidido acrescentar 500 mil barris por dia em um curto prazo para chegar a um milhão no primeiro ano. Esta estratégia não parece de confiança, e poderia obviamente ser prejudicial para o Irã. Mas durante este período afastado, as coisas mudaram, como o Irã perdeu a sua quota de mercado para o Iraque e Arábia Saudita, quando as sanções foram aplicadas, agora que as portas estão aberta mais uma vez, o Irã tem toda a intenção de recuperar o seu lugar entre os países produtores de petróleo da região.
Crise do Petróleo em meio à Crise Econômica
A Arábia Saudita calcula que o preço do barril de petróleo atual não esteja correto, uma vez que é demasiadamente baixo, em uma perspectiva macro-econômica pode ser visto como parte de um mecanismo de ajuste automático. Podemos imaginar que os mercados tendem a corrigir qualquer excesso, e assim, irão forçar os países produtores de petróleo a reduzir os seus investimentos. Este ajustamento estrutural não é instantâneo, e no entanto não haverá graves consequências para a economia global.
Lembre-se, que os preços do petróleo caíram mais de 75% desde 2014, tornando a economia mundial cada vez mais frágil e vulnerável. A OPEC (Organization of the Petroleum Exporting Countries) sigla em inglês ou OPEP(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dita em outras linguas, parece ter optado por uma estratégia irrelevante o que levou os preços do petróleo para baixo. De fato, em 27 de novembro de 2014, a Arábia Saudita estimulou os outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para manter sua produção, apesar da queda de demanda internacional (em particular a China).
Teoricamente, esta é uma oportunidade de ouro para os países importadores de petróleo, e ao mesmo tempo um desastre absoluto economicamente para os países produtores de petróleo como a Venezuela e a Argélia, que possuem economias baseadas principalmente na exportação de petróleo. E no entato, embora que isso não tenha afetado diretamente a Europa, é importante ressaltar que todas as economias estão conectadas economicamente, e é importante compreender o efeito dominó, onde uma economia em dificuldades pode prejudicar outras em um cenário de queda.
Isso pode ser o início para uma nova crise financeira?
A bolha especulativa em torno do setor do óleo de xisto nos Estados Unidos, em breve poderá estourar por causa da dramática queda nos preços do petróleo. De acordo com analistas, a bolha tende a inflar ainda mais com o aumento da dívida crescente das empresas do setor de óleo de xisto, e enquanto isso, a sua rentabilidade é reduzida cada vez mais. Na verdade, quando o preço do barril de petróleo cai abaixo de $ 60 dólares, as empresas de perfuração aumentam a sua dívida, e eventualmente entram em falência.
Além disso, o índice Shanghai Composite sofreu uma queda de 5,29% na semana passada, e o que aconteceu na China afetou o resto do mundo. Com o crescimento caindo, a demanda por commodities (matérias-primas) diminuíram, reduzindo ainda mais os preços.
O tempo dirá, mas já sabemos que a história se repete. Os sinais de uma crise financeira internacional são difíceis de se prever, antes que os primeiros sinais estejam visíveis.